terça-feira, 4 de setembro de 2012

Festival Tudo é Jazz | Ouro Preto | 14 a 16 de setembro de 2012


Como o termo “jazz” tem desde longa data sido usado para uma grande variedade de estilos, uma definição abrangente que incluisse todas as variações é difícil de ser encontrada. Enquanto alguns entusiastas de certos tipos de jazz tem colocado definições menos amplas, que excluem outros tipos, que também são comumente descritas como “jazz”, os próprios jazzistas são muitas vezes relutantes quanto a definição da música que são executadas. Duke Ellington dizia, “é tudo música.”

Existe há bastante tempo debates na comunidade do jazz sobre a definição e as fronteiras do “jazz”. Andrew Gilbert diz que o jazz tem a “habilidade de absorver e transformar influências” dos mais diversos estilos de música.
Uma maneira de resolver os problemas de definição é expor o termo “jazz” de uma forma mais abrangente. De acordo com Kin Gabbard “jazz é um conceito” ou categoria que, enquanto artificial, ainda é útil ser designada como: “um número de músicas com elementos suficientes em parte comum de uma tradição coerente”. Travis Jackson também define o jazz de uma forma mais ampla, afirmando que  uma música que inclue atributos tais como: “swing, improvisação, interação em grupo, desenvolvimento de uma “voz individual”, e estar “aberto” a diferentes possibilidades musicais”.
Quando escolhemos o nome para o Festival em 2002, respeitamos esta abrangência enorme de conceitos sobre o jazz, e para resumirmos o assunto, e evitarmos polêmicas, resolvemos colocar que no Festival de Jazz de Ouro Preto “Tudo é Jazz”.
Com a indústria fonográfica massacrada pela internet, com a rendição dos cantores e compositores ao mercado, fazendo música por encomenda, repetindo temas que agradam à massa, sem inspiração, com apelação e mal gosto, a única fonte de água límpida, honesta e pura foi o jazz (mesmo engarrafada às vezes para vender mais), que deixou de ser um estilo há muito tempo e passou a ser sinônimo de música de qualidade, de bom gosto e por incrível que pareça um símbolo de status social e econômico. Hoje, o jazz está associado a marcas de perfume caros, carros caros, eventos caros. Quem diria, uma música que começou no início do século passado nos prostíbulos de New Orleans…
Bom pra nós, que realizamos o “Tudo é Jazz”, este efeito nos deu o prestígio e a aura mística que precisávamos e que junto com a sofisticação de Ouro Preto, tesouro barroco, bem tombado para a humanidade, nos dá um encanto irresistível.  Sim, o “Tudo é Jazz” é irresistível e este ano de 2012 será mais ainda pois traremos músicos dos 5 continentes, grupos da Nova Zelândia, Suécia, Coréia, França, Espanha e claro EUA. Vai ser uma apresentação para mostrar que o jazz está em constante mutação, dependendo das interpretações de várias etnias e instrumentos de culturas milenares. Sim, o jazz sobrevive porque está em movimento e o que está em movimento não pertence a ninguém. Jazz: a linguagem musical do mundo.
Maria Alice Martins

Programação

Centro de Convenções – Parque Metalúrgico

Sexta (Dia 14)

CORTEJO – Jesse Scheinin e Eddie Barbash 18:00
GRUPO NACIONAL – Cida Moreira e Thiago Pethit 19:00
GRUPO INTERNACIONAL – Anat Cohen & Romero Lubambo 21:00
GRUPO NACIONAL – João Bosco e banda Ft. Julia Bosco 23:00
Jazz After Hour - Café De La Musique - Djs Convidados meia-noite
DJ Greg Caz intervalos

Sábado (Dia 15)

CORTEJO – Jesse Scheinin e Eddie Barbash 14:00
GRUPO NACIONAL – Maíra LaBanca 15:00
GRUPO NACIONAL – Marcelo Jeneci 17:00
GRUPO NACIONAL – Silva 19:00
GRUPO INTERNACIONAL – Charles Pasi – França 21:00
GRUPO INTERNACIONAL – Andrea Motis & Joan Chamorro – Espanha 23:00
Jazz After Hour - Café De La Musique – Djs Convidados meia-noite
DJ Greg Caz intervalos

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