Como o termo “jazz” tem desde longa data sido usado para uma grande
variedade de estilos, uma definição abrangente que incluisse todas as
variações é difícil de ser encontrada. Enquanto alguns entusiastas de
certos tipos de jazz tem colocado definições menos amplas, que excluem
outros tipos, que também são comumente descritas como “jazz”, os
próprios jazzistas são muitas vezes relutantes quanto a definição da
música que são executadas. Duke Ellington dizia, “é tudo música.”
Existe há bastante tempo debates na comunidade do jazz sobre a
definição e as fronteiras do “jazz”. Andrew Gilbert diz que o jazz tem a
“habilidade de absorver e transformar influências” dos mais diversos
estilos de música.
Uma maneira de resolver os problemas de definição é expor o termo
“jazz” de uma forma mais abrangente. De acordo com Kin Gabbard “jazz é
um conceito” ou categoria que, enquanto artificial, ainda é útil ser
designada como: “um número de músicas com elementos suficientes em parte
comum de uma tradição coerente”. Travis Jackson também define o jazz de
uma forma mais ampla, afirmando que uma música que inclue atributos
tais como: “swing, improvisação, interação em grupo, desenvolvimento de
uma “voz individual”, e estar “aberto” a diferentes possibilidades
musicais”.
Quando escolhemos o nome para o Festival em 2002, respeitamos esta
abrangência enorme de conceitos sobre o jazz, e para resumirmos o
assunto, e evitarmos polêmicas, resolvemos colocar que no Festival de
Jazz de Ouro Preto “Tudo é Jazz”.
Com a indústria fonográfica massacrada pela internet, com a rendição
dos cantores e compositores ao mercado, fazendo música por encomenda,
repetindo temas que agradam à massa, sem inspiração, com apelação e mal
gosto, a única fonte de água límpida, honesta e pura foi o jazz (mesmo
engarrafada às vezes para vender mais), que deixou de ser um estilo há
muito tempo e passou a ser sinônimo de música de qualidade, de bom gosto
e por incrível que pareça um símbolo de status social e econômico.
Hoje, o jazz está associado a marcas de perfume caros, carros caros,
eventos caros. Quem diria, uma música que começou no início do século
passado nos prostíbulos de New Orleans…
Bom pra nós, que realizamos o “Tudo é Jazz”, este efeito nos deu o
prestígio e a aura mística que precisávamos e que junto com a
sofisticação de Ouro Preto, tesouro barroco, bem tombado para a
humanidade, nos dá um encanto irresistível. Sim, o “Tudo é Jazz” é
irresistível e este ano de 2012 será mais ainda pois traremos músicos
dos 5 continentes, grupos da Nova Zelândia, Suécia, Coréia, França,
Espanha e claro EUA. Vai ser uma apresentação para mostrar que o jazz
está em constante mutação, dependendo das interpretações de várias
etnias e instrumentos de culturas milenares. Sim, o jazz sobrevive
porque está em movimento e o que está em movimento não pertence a
ninguém. Jazz: a linguagem musical do mundo.
Maria Alice Martins
Programação
Centro de Convenções – Parque Metalúrgico
Sexta (Dia 14)
CORTEJO – Jesse Scheinin e Eddie Barbash 18:00
GRUPO NACIONAL – Cida Moreira e Thiago Pethit 19:00
GRUPO INTERNACIONAL – Anat Cohen & Romero Lubambo 21:00
GRUPO NACIONAL – João Bosco e banda Ft. Julia Bosco 23:00
Jazz After Hour - Café De La Musique - Djs Convidados meia-noite
DJ Greg Caz intervalos
Sábado (Dia 15)
CORTEJO – Jesse Scheinin e Eddie Barbash 14:00
GRUPO NACIONAL – Maíra LaBanca 15:00
GRUPO NACIONAL – Marcelo Jeneci 17:00
GRUPO NACIONAL – Silva 19:00
GRUPO INTERNACIONAL – Charles Pasi – França 21:00
GRUPO INTERNACIONAL – Andrea Motis & Joan Chamorro – Espanha 23:00
Jazz After Hour - Café De La Musique – Djs Convidados meia-noite
DJ Greg Caz intervalos
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